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“O boto boliviano e a toninha no Brasil”

“Crianças, observem o rio, ele não esta parado! Para onde ele esta correndo?

E a maioria delas   respondeu: – Para o esgoto!”

A resposta foi de crianças com menos de cinco anos  participando de nossas atividades no dia 21 de set no Parque do Carmo em SP.

Trabalhar a percepção de um mundo sistêmico, o encontro das águas com o mar, mostrar a beleza das toninhas,  os riscos que elas enfrentam  para viver  e como podemos cooperar na sua conservação é objetivo do “O boto boliviano e a toninha no Brasil” desenvolvido  por uma equipe que envolve voluntários e trabalhadores de vários setores.

 No dia 21 de setembro  de 2012 no Parque Municipal Fazenda do Carmo, zona leste da cidade de  São Paulo  chegaram as crianças com seus professores e coordenadora pedagógica da Escola Municipal de Educação Infantil Gleba do Pêssego. As atividades foram  realizadas em  etapas que se complementavam:

                        A história O Boto boliviano e a toninha no Brasil e o Planeta água

contando a história

Observando um “riozinho”, plantando um alimento orgânico e pintando a toninha.

 

Ao todo vieram 89 crianças mais 8 professores e 1 coordenadora pedagógica além da  nossa equipe composta por 8 pessoas.

É um desafio realizar uma ação de educação ambiental sobre o Mar na capital de SP,  mesmo sabendo que muitos de nós sempre que podemos   viajamos para a praia.
“Professora, e como ela (a toninha) é de verdade, qual sua cor?” Perguntou-me uma bela menina.

A chuva que a mais de 40 dias não chegava em S P veio nesta data pela manhã, com as 32 crianças pudemos completar o trabalho com a observação de um riozinho, mas à tarde com mais 57 crianças não conseguiríamos, pois o tempo já estava muito fechado, o que faríamos? A coordenadora pedagógica sugeriu passar um filme entre estes sugeri  o  vídeo do Consórcio Franciscana que o prof. Salvatore havia me enviado um dia antes de nossas atividades sugerindo que nós o usássemos.  Grande coincidência!

As crianças tinham curiosidade em ver a verdadeira toninha para poder pintar um desenho que fizemos. Logo distribui vários cartazes da “Toninha- de a mão a este golfinho” e depois assistimos ao vídeo, foi um sucesso!  As professoras as crianças a equipe de trabalho, todos ficaram muito sensibilizados com o tema e estamos escrevendo um projeto de educação continuada com os temas campo, cidade e o mar tendo a Toninha como elo!!

As atividades educativas sobre a preservação de mamíferos aquáticos em SP foram realizadas por:

-Agricultoras Orgânicas de São Mateus, Sebastiana Farias, Terezinha Matos

-GCM do Parque do Carmo CD Carlos e o guarda metropolitano Teodoro e Geni

-Voluntárias Daniela Zanardo, Tania  e a contadora de histórias Rosana M.Gaeta.

-Apoio do professor Salvatore do Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos-Região dos Lagos/ENSP FIOCRUZ

Fotos e texto  Rosana Gaeta

“O boto boliviano e a toninha no Brasil” um dia contando histórias

Por Rosana Magalhães Gaeta[1]

…“E Ayni[2]·, o boto boliviano, perguntou para as crianças: – Como nós, vivendo tão longe do mar podemos ajudar a salvar as toninhas?”       
 Foi pensando na mesma pergunta do personagem da história “O boto boliviano e a toninha no Brasil” que realizamos na capital de São Paulo, com uma rede de pessoas e instituições, o trabalho de educação ambiental para cooperar com a preservação das Toninhas e do meio ambiente. Algumas respostas nortearam nossas atividades:

  • ·         A realidade de vida, ser sistêmica e inter-relacionada
  • ·         O  Plano de Ação Nacional do pequeno cetáceo Toninhas (Pontoporia blainvillei) onde estamos cooperando com  a meta 7: – Aumento do conhecimento biológico e ecológico da toninha em 100% da sua área brasileira de distribuição, em 5 anos. http://www.ensp.fiocruz.br/toninha/sites/default/files/22_10%2BLIVRO%2BTONINHAS.pdf
  • ·         Nosso compromisso com a construção de um mundo mais saudável, justo e solidário.

Asatividades educativas sobre a preservação de mamíferos aquáticos em SP foi realizada por:

  • ·         Agricultoras Orgânicas de São Mateus, Sebastiana Farias, Terezinha Matos e Helena Kobayashi 
  • ·         GCM do Parque do Carmo CD Carlos e o guarda metropolitano Teodoro e Josué
  • ·         Voluntárias Patrizia Gasperini e Daniela Zanardo e a contadora de histórias Rosana M.Gaeta.
  • ·         Apoio do professor Salvatore do Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos-Região dos Lagos/ENSP-FIOCRUZ

No dia 24 de agosto de 2012 no Parque Municipal Fazenda do Carmo chegaram as crianças com seus professores e coordenadora pedagógica da Escola Municipal de Educação Infantil Gleba do Pêssego. Dividimos as atividades em três etapas que se complementavam:

1-Tema :- Proteção aos botos e toninhas e o cuidado com o lixo e a água. Com duas histórias contadas com técnicas distintas. Contar histórias com flanelógrafo e outra com fantoches.

2-Tema:- Cuidar de nossa saúde e do meio ambiente através dos alimentos orgânicos. Plantando a cebolinha orgânica. As crianças trouxeram garrafas descartáveis cortadas as agricultoras doaram terra orgânica e as mudas de cebolinha.  

 3-Tema: – Água. Observar a água na natureza, observando um córrego no Parque do Carmo.

As professoras as crianças a equipe de trabalho, todos ficaram muito sensibilizados com o tema.

As histórias foram contadas, primeiro com todas as crianças juntas e depois dividimos o grupo em duas turmas. Ao todo vieram 36 crianças mais 5 professores e 1 coordenadora pedagógica além da  nossa equipe composta por 8 pessoas.

Os botos de feltro os broches, os cartazes e os folders, doados pelo GEMM-Lagos foram um sucesso! O artesanato fechou com chave de ouro e as professoras e a equipe de observação da natureza ainda aproveitaram para dizer que agora elas (as crianças) eram as guardiãs das toninhas!

Desdobramentos

Repetiremos esta ação educativa na mesma escola dia 21 de setembro com outras classes, esperamos poder ampliar este trabalho para os pais e sonhamos em consolidar um trabalho de ação educativa continuada ampliando a rede com outros parceiros. Estamos organizando  o material didático de forma a poder estar disponível on-line para quem quiser utilizá-lo.

Outras informações: [email protected]

[1] Rosana Magalhães Gaeta- autora da História o “O boto boliviano e a Toninha no Brasil”, ativista em direitos humanos e ambientais, uma das organizadoras desta ação educativa.

[2] Ayni é um dos princípios da filosofia Aymara que indica reciprocidade dentro da lei de compensação, se uma pessoa necessita de ajuda a outra a ajuda, era como se faziam as transações de trabalho e serviços pois no Império Inca não havia dinheiro.