A artista

Rosana Gaeta

Rosana Gaeta nascida em 1959 em SP capital, artista plástica escritora e ilustradora de livros infantis tem como base de formação artística seus pais, ambos pintores Ennio e Gilde Gaeta e a Escola Panamericana de Artes.

No ensino superior se formou em nutrição e após a aposentadoria decide se reinventar e investir na carreira de escritora e artista plástica.

Busca inspiração em valores baseados nas relações da cultura e do cuidado, amorosidade, alegria, sustentabilidade e espiritualidade. A natureza, fauna, flora, traços de povos originários faz parte de suas obras. Seus traçados e cores preenchem imagens ora imaginarias ora realistas. Utiliza a técnica de arte digital a mão livre; pintura em diversas texturas como guache, aquarela, pasteis e óleo sobre tela, pintura com PVA em remos artesanais, madeira, restos de troncos de árvores e azulejos, bem como, desenhos a lápis e nanquim.

Minha trajetória

Coloquei o trabalho artístico, guardado em meu coração durante muito tempo, utilizando-o somente em momentos pontuais em alguns projetos.

Hoje em Ubatuba – SP, atuo como escritora e ilustradora de livros infantis e artista plástica, também desenvolvo com minhas produções trabalho voluntário com foco em crianças, para estimular a criatividade, a produção artística, a cultura do cuidado com todas as vidas e seres de nosso mundo.

Meus pais

“O artista vai se evaporando e deixando na sua arte parte do seu mundo interno”.

Olhando o cavalete de meus pais Ennio Gaeta e Gilde Gaeta, me pego em tênues lembranças deles nas ruas de São Paulo pintando aspectos da cidade através de seus olhares.

Entre 1950 e 1990 em São Paulo – Capital, meus pais produziram mais de 600 obras entre telas a óleo, em papel a lápis, a guache e aquarela, trabalhos premiados no Salão Paulista de Belas Artes dos anos de 1952 e 1957 e expostos em várias exposições incluindo as feiras de Natal de Emmy Bonfim.

Ennio Gaeta

Filho de italianos, nasceu em São Paulo em 5 de março de 1925 tendo falecido no ano de 1998. Viveu nesta cidade sua vida inteira. Formou-se em técnico de arquitetura. Casou-se em 1957 com Gertrudes Magalhães Gaeta (Gilde), também pintora.

Autodidata, iniciou-se em desenho e pintura desde os tempos de criança. Gaeta não viveu da pintura, mas sempre lhe deu sua atenção e afetividade. Sua obra é bastante diversificada tendo domínio de diversas técnicas tais como bico de pena, pintura a óleo, pastel e ponta seca.

Teve intensa atividade artística nas décadas de 1950 e 1960. Como desenhista fez inúmeras ilustrações para livros e jornais. Embora gostasse mais de realizar pinturas a óleo, seus desenhos a nanquim eram muito elogiados por críticos de arte como Quirino da Silva que dele escreveu em 1963 – “As linhas que Gaeta traça, risca na folha de papel, revelam, evidenciam antes de tudo, um conhecimento do ofício. É o desenhador que primeiro se apresenta. Depois, o encantamento do artista tudo envolve…, mas o que marca e eleva ao ponto alto os desenhos de Gaeta é o toque romântico, a beleza poética, o lirismo que os envolve”.

Ennio Gaeta participou numerosas vezes do Salão Paulista de Belas Artes, onde obteve menção honrosa em 1957. Realizou também algumas exposições individuais e participou de várias exposições coletivas. Muitos de seus trabalhos estão espalhados pelo Brasil e alguns países do exterior, tais como Estados Unidos, Inglaterra e Suiça.

Gilde Gaeta

Gertrudes Magalhães Gaeta, nome artístico Gilde, nasceu em 6 de dezembro de 1920, faleceu em 1995 em São Paulo, passou sua infância na região de Pirenópolis (Goiás) com sua família. Formou-se como enfermeira em Sorocaba, trabalhando no Hospital das Clínicas em São Paulo nos anos de 1940. Iniciou seus estudos artísticos em 1944, na Associação Paulista de Belas Artes. Em 1945 estudou com Ângelo Simeone e no ano seguinte com Samson Flexor.

Neste período participou dos Salões Paulista de Belas Artes sendo premiada com menção honrosa no XXVII (1952) e pequena medalha de bronze no XX (1955). Também foi premiada pela Associação Paulista em 1953 e em 1954 com a grande medalha de bronze pelo quadro intitulado “Paisagem de Piquete”.

Participou da 1^o Bienal de Artes de São Paulo e do 1^o Salão Paulista de Arte Moderna e em algumas das primeiras exposições do MAM sobre a “Paisagem Brasileira”.

Transitou por diversos estilos na pintura a óleo e no desenho, se destacando na pintura de paisagens. Em sua última fase as cores, luzes e movimentos eram sua grande paixão. Fez cinco exposições individuais e têm trabalhos com colecionadores nos Estados Unidos, Inglaterra, Itália e Suíça.