Alcatrazes terá dez pontos para mergulho
fonte: http://www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-noticias/20-geral/9161-alcatrazes-tera-dez-pontos-para-mergulho
Publicado: Sexta, 15 de Setembro de 2017, 16h04
Portaria de visitação foi assinada nesta última quarta-feira (13) pelo presidente Ricardo Soavinski durante solenidade em São Sebastão (SP)
Brasília (15/09/2017) – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) está licitando a instalação de 17 poitas para o Refúgio de Vida Silvestre de Alcatrazes, que serão utilizadas para o turismo de mergulho e observação contemplativa. As embarcações autorizadas a operar na região poderão apenas atracar nas referidas poitas. Serão disponibilizados 10 pontos para mergulho autônomo, sendo possível no máximo 20 mergulhadores em cada ponto por operação, havendo a obrigatoriedade de um condutor subaquático autorizado e capacitado pelo ICMBio Alcatrazes, a cada quatro mergulhadores.
A exigência, que visa garantir tanto a segurança do mergulhador quanto preservação da natureza, consta na portaria de autorização e ordenamento da visitação que foi assinada nesta quarta-feira (13), durante solenidade em São Sebastião (SP) pelo presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski. A perspectiva é que o ecoturismo no Refúgio comece no início de 2018.
A mesma regra vale para o turismo embarcado para contemplação da fauna: é necessário um condutor (guia) para acompanhar o grupo. Ele será responsável pela orientação dos visitantes com informações sobre a unidade de conservação. Nestes passeios, poderá ser avistado um dos maiores ninhais de fragatas da América do Sul, além de golfinhos, baleias, tartarugas marinhas, dentre outras espécies. A equipe de Alcatrazes já prepara um curso agendado para o mês de novembro para capacitar os condutores dos passeios e mergulhos.
As operadoras de turismo interessadas em exercer as atividades de visitação, tem 45 dias para solicitar o cadastramento na sede administrativa do ICMBio Alcatrazesem São Sebastião, contados a partir da publicação da referida Portaria. Entregue toda a documentação, o órgão tem 30 dias para deferir ou indeferir a solicitação.
As embarcações deverão atender a uma série de exigências para operar o turismo em Alcatrazes, como por exemplo, ter Certificado de Segurança da Navegação emitido pela Marinha do Brasil na categoria de transporte de passageiros em mar aberto.
Os operadores autorizados deverão passar aos visitantes as informações preliminares sobre as condições de visita, os riscos de atividades em área natural em mar aberto, e adotar medidas de segurança, conforto e bem-estar dos visitantes. Ainda será necessário o agendamento com antecedência para todas as visitas ao Refúgio, junto à administração da UC.
Segundo a chefe da Estação Ecológica Tupinambás e do Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, Kelen Luciana Leite, diante da relevância ambiental do arquipélago dos Alcatrazes, o ICMBio está propondo a abertura da visitação em caráter experimental com duas atividades prioritárias: visita embarcada e mergulho autônomo. Nesse período experimental as atividades só poderão ser desenvolvidas por autorizados pelo ICMBio. Também não haverá cobrança de ingressos pelo instituto.
Algumas das proibições estabelecida pela Portaria de Visitação
• Utilizar produtos de higiene e cuidados pessoais tais como sabonetes, xampus, cremes de cabelo, óleos bronzeadores e outros, excetuando-se aqueles destinados à proteção solar
• Portar petrechos de pesca, salvo aqueles destinados à salvaguarda da vida humana, assim considerados pela Marinha do Brasil
• Descartar qualquer tipo de resíduo sólido ou líquido, inclusive orgânico, bem como descartar diretamente efluentes sanitários ou acionar bombas e sistemas de esgotamento de tanques de retenção de efluentes das embarcações
• Acionar buzinas e outros sinais sonoros, bem como utilizar equipamentos sonoros coletivos e instrumentos musicais diversos dentro do perímetro de uma milha náutica (1,8 km) das ilhas, exceto em condições necessárias à segurança de navegação, como visibilidade restrita.
• Preparar alimentos que possam atrair as aves das unidades de conservação, a exemplo de churrascos
• Alimentar a fauna silvestre
• Desembarcar em qualquer ilha ou formação do arquipélago
• Tocar nos costões rochosos, perseguir, tocar ou apanhar quaisquer organismos marinhos, retirar ou coletar qualquer material (conchas, pedras, dispositivos de pesquisa experimental etc.)
• Mergulhar com cetáceos ou outros animais marinhos que possam oferecer risco ao visitante